domingo, 12 de outubro de 2008

Eugenio Pessimo - Poemas Diluvianos

Parte Segunda.

Profiro um discurso em me escondo como um chapeu de chuva
que me protege da chuva de olhares de agua
chuva estrangeira que sobre mim escorre
e os meus dedos são de gente sem memórias
dos ausentes argumentos que subiram às nuvens
chamo a mim trovoadas em silêncio
e trombetas ecoam do mais longíquo equinócio
sou um pobre guarda de fragmentos da terra
de fósseis iluminados
de tesouros guardados
e em mim se concebem pérolas e ruínas romanas
a minha alma ferve em chamas.

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