terça-feira, 3 de junho de 2008

a correr

Lá fora
O mundo pulsa
O mundo expulsa
O mundo acredita
O mundo sente repulsa
E entre lá fora
E aqui dentro
A minha mente expande
E concentra o mundo
No lugar mais fundo
Da espinal medula
da espiral dos ventos
da espuma das ondas
do meu sangue que pulula
areia dAs minhas metáforas
vaidades ignorantes
Quero que estas palavras sejam rochas que se desfazem nas mãos
que não sei escrever
escorra saliva dos meus dedos
A saudade e o corpo de ser homem sem ser criança
A sentença está marcada
O martelo bateu bateu forte
E o eco ecoou e bateu nas portas
Foge a correr deste sonho
sobe a escada infinita
Caminho ascendente e proscrito
Mas Eu sou tão ágil
Tão elástico e tão frágil
Poe te em chamas
Que nao me enganas
Saltas as camas
Corre corre
Corro para pegar nos teus seios
encontrar me perante o teu deslumbramento
todos os teus sentidos
Condensados no suor de um momento
Olhar te nos olhos de deusa
Infinitos e puros
Dos rios correndo
céu de nuvens de beijos
perdidos no teu horizonte mais intimo
Revelas te para mim até no sofrer
E as mensagens
Os teus mais inalcançáveis segredos
São para mim duas rosas e um por do sol
um pouco mais de ti
Guardado assim
As mãos nos bolsos vazios
correndo na alma cheia
como a chita na savana
o mais rápido dos falcões
É fácil
É tão simples ser complexo
Expirar
Inspirar
E deixar levar pelas conjugações
Pelo tempo dos relógios
Pelo tempo que anda para trás
O sonho é uma longa estrada
Distante dos tempos
Os impulsos são fortes
decididos
Foge do vento
E ultrapassa
O silencio
Fugaz e esguio
Que se entranha como uma concha

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